RADIO JAMAICA BRASILEIRA

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Gilberto Gil volta ao reggae de Bob Marley em projeto 'Songs for Humanity'

 Artista regrava hit ‘No Woman, No Cry’. Gil, aliás, converteu canção para o português nos anos 70. Ouça nova versão aqui


Antídoto contra desumanidade, Gilberto Gil espalha possibilidades existenciais. Não chores mais. Aos 82 anos, homem da paz e do amor, Gil retorna ao reggae com nova versão para hit “No Woman, No Cry”, eternizado por Bob Marley no disco “Natty Dread”, de 74. Dessa vez, divide microfone com músico Stephen Marley, filho do rastaman das boas vibrações.

“No Woman, No Cry” entra no streaming como parte do projeto “Songs for Humanity”, previsto para ser lançado no próximo dia 12. O álbum, editado pela fundação Playing For Change, reúne 30 artistas de diferentes nacionalidades, como Slash, Manu Chao, Santana e John Paul Jones. A ideia, diz o produtor Mark Johnson, é espalhar mensagens de amor.

Segundo Mark, Bob reúne mundo afora fãs ao redor da fogueira, em tentativa de se refletir sobre a canção “No Woman, No Cry” e construir futuro em que tudo, tudo vai dar pé. Gil a gravou pela primeira vez no elepê “Realce”, de 79. Sua parte, nessa nova versão, foi registrada no Rio, onde tem casa, mas o produtor conta que começou projeto há anos.


A nova releitura para a canção nasceu em ruas italianas a partir de violão slide. Uma constelação de músicos está no projeto, o que enfatiza vocação internacionalista dessa releitura, e se vê ali instrumentistas sorridentes balançando seus corpos plurais e sendo guiados por suingue orgânico, como se tocassem a música de suas vidas.

Para Gil, trata-se de comovente homenagem ao legado construído por Marley, de quem o brasileiro se diz fã desde que o ouviu nos anos 70. Ao jornalista estadunidense Andy Greene, da “Rolling Stone”, o tropicalista diz que sua própria versão da música encontrou lar no Brasil. “Reforçou seu poder como força de união e esperança entre pessoas”, afirma.


Foi nos tempos de exílio londrino que o cantor baiano ouviu música jamaicana pela primeira vez. Caminhava pela Porto Bello Road escutando reggae, como em “Nine Out of Ten”, canção gravada por Caetano Veloso no álbum “Transa”, de 72. Gil assistiu a manifestações da cultura caribenha, da Jamaica e da América Central durante esses tempos ingleses.


De volta ao Brasil, reencontrou o reggae em São Luís (MA), reconhecida capital brasileira do estilo pela Lei 14.668. Em barraca praieira, identificou batida acentuada no segundo e quarto tempos: Jimmy Cliff vocalizando “No Woman, No Cry”. Era mais lento que ska, irmão próximo, e mais rápido que rock steady, ritmo caribenho com quem esse som convivia bem.

No Woman, No Cry’ retratava o convívio diário de rastafaris no ‘government yard’ (área governamental) em Trenchtown, e a perseguição policial, provavelmente ligada à questão da droga (maconha)"

Lenda do reggae, Cliff fez nos anos 70 sua versão para o estrondoso hit da banda The Wailers, surgida na Jamaica em 1962 para misturar ska com soul. Logo depois, o tempo se desacelera — tal característica é atribuída à maconha. Ali, como que pulsando a vida e estimulando corpo a se mexer, três instrumentos constituem a base: guitarra, baixo e bateria.

Seja como for, Gil viu semelhança entre contextos jamaicano e brasileiro. O reggae, expressão de grupos que se situam à margem de Kingston, traz sonoridade comum aos povos condicionados à faixa tropical do planeta. A partir da miscigenação entre populações africanas e ameríndias, o estilo chega à forma com que se tornou mundialmente conhecido.


Maconha

A discografia gilbertineana recebe influência do reggae a partir de “Refavela”, cuja faixa “Sandra”, de 77, foi composta após o artista ser preso com quantidade irrisória de maconha, em Florianópolis, em 7 de julho de 76. Em juízo, Gil explicou que erva lhe aguçava sensibilidade, o que não impediu sua transferência para Instituto Psiquiátrico de São José.

Como canta na faixa do suplício, naquela semana tomar chafé foi um vício e, em “Realce”, de 79, o reggae se revela presente no hit-democracia “Não Chores Mais”. A canção oferece alento contra o apodrecido regime fardado, às vias de cair morto — ou quase morto.

“Emblemática do desejo de autonomia e originalidade das comunidades alternativas, ‘No Woman, No Cry’ retratava o convívio diário de rastafaris no ‘government yard’ (área governamental) em Trenchtown, e a perseguição policial, provavelmente ligada à questão da droga (maconha), que eles sofriam”, contextualiza Gil, em texto pinçado de seu site oficial.

Nos anos 80, Gil estreitou parceria com o produtor Liminha. O primeiro elepê feito pela dupla, “Luar”, de 81, não tem nenhum reggae. Já “Um Banda Um”, lançado em 82, apresenta duas composições no estilo: “Esotérico” e “Drão”. “Extra”, faixa que nomeia disco de 83, é pesada canção no ritmo jamaicano, coisa que se repete em “Raça Humana”, de 84.

Em texto para encarte de “Kaya n'Gan Daya”, Gil conta que desde o princípio encontrou similitude entre cangaceiro e rastaman. “Para um artista, músico como eu, o fato obviamente recairia sobre a música que se liga e se refere a ambos, o cangaceiro e rastaman, e os associa direta ou indiretamente, a dois dos maiores artistas da música popular do século que passou”, escreve, em obra na qual revisita obra de Bob Marley, lançada em 2002.

Stephen Marley, o filho de Bob, falou da honra que foi participar do projeto “Songs for Humanity” com Gilberto Gil. “Meu pai e Gilberto foram amigos. O legado continua”, disse à “Rolling Stone”. Como canta Gil em sua versão para “No Woman, no Cry”: “Bem que eu me lembro, a gente sentado ali/Na grama do aterro sob o sol/ Ob... observando hipócritas”.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Banda Adão Negro é confirmada em festival de reggae em Salvador

 Além de Adão Negro, o October Reggae Festival terá mais 44 apresentações em Salvador

Amantes do reggae podem se preparara para aproveitar três dias de shows com a essência do gênero na primeira edição do October Reggae Festival, em Salvador. O evento acontece entre os dias 18 e 20 de outubro e vai reunir 45 atrações no Pelourinho, com a presença já confirmada da banda Adão Negro.

Banda Adão Negro é confirmada em festival de reggae em Salvador. Foto: Divulgação/Vinicius Moreira

Conhecida como a cidade do reggae, o festival prepara uma imersão no ritmo com bandas e artistas independentes de diversas regiões do Brasil como Banda Reação, de Sergipe, Maico Dias, do Rio de Janeiro, Banda Nação Palmares de Alagoas, Banda Akanni, do Espírito Santo e Roots Session Band de São Paulo.







OCTOBER REGGAE FESTIVAL Data: 18, 19 e 20 de outubro de 2024.

  Nascido com o objetivo de fomentar a cena Reggae Nacional, o October Reggae Festival pretende abrir espaço para bandas e artistas independentes de todo o país mostrarem o seu trabalho e assim atraírem os holofotes para sua arte, ampliando definitivamente seus horizontes.

Serão 03 dias de muita música, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, Bahia, onde acontecerão nada menos que 45 apresentações, mostrando toda a pujança e diversidade do Reggae Brazuca.

Este evento é uma importante oportunidade para fortalecer o Reggae, dando a sua devida visibilidade e reconhecimento, conectando diferentes estilos e influências que fazem parte desse gênero musical tão rico. Além de ser um espaço para apresentações musicais, o October Reggae Festival é uma plataforma para diálogos sobre cultura, história e a importância da música como forma de resistência e expressão.

O festival acontecerá de forma gratuita e visa atrair amantes da música Reggae, de todas as idades, nativos e turistas que buscam viver uma experiência cultural única. A expectativa é que a massa regueira compareça em peso, mostrando a força do Reggae, trazendo um público diversificado, agregando aos fãs do gênero, curiosos e simpatizantes.

Com um planejamento cuidadoso e a colaboração de artistas, produtores e patrocinadores e apoiadores, o festival promete conquistar seu espaço e tornar-se um evento necessário no calendário cultural do Brasil.

Uma celebração imperdível que traz à tona toda a riqueza cultural do Reggae no Brasil, revelando talentos de todas as regiões do país. Com suas apresentações marcadas para os emblemáticos largos do Pelourinho, o festival não apenas promove a música, mas também valoriza a herança africana que é fundamental para a formação da identidade brasileira. É mister lembrar que Salvador é a maior cidade africana fora da África!

October Reggae 2024: Festival de 45 Bandas no Pelourinho

A 1ª Edição do October Reggae Festival está marcada para ocorrer entre os dias 18 e 20 de outubro de 2024, transformando o Pelourinho, em Salvador, em um importante centro de celebração e resistência cultural. O evento contará com 45 apresentações de bandas e artistas independentes de reggae de diversas partes do Brasil. A realização do festival promove uma imersão profunda no universo do ritmo jamaicano, que encontrou na Bahia um solo fértil para prosperar.

Sobre o Evento

O festival, que destaca a valorização da cena reggae nacional, oferece uma plataforma essencial para bandas emergentes e artistas independentes. Com inscrições abertas até 19 de setembro, o October Reggae Festival promove a visibilidade desses talentos em um dos locais mais emblemáticos do Brasil, o Pelourinho. Este local é conhecido por seu papel crucial na preservação e difusão da cultura afro-brasileira.

Além de proporcionar entretenimento, o festival também carrega mensagens de paz, união e justiça social. A programação diversificada visa atrair tanto os fãs de reggae quanto aqueles interessados em novas experiências culturais. A expectativa é que o evento se estabeleça como uma data importante no calendário cultural da cidade, reforçando o Pelourinho como um polo cultural de destaque internacional.

OCTOBER REGGAE FESTIVAL

Data: 18, 19 e 20 de outubro de 2024.

Horário: das 17:00 às 23:00 nos dias 18 e 19 e das 14:00 às 19:00 no dia 20. 

Local: Pelourinho – Largos: Tereza Batista, Pedro Archanjo, Quincas Berro D'água.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Republica do Reggae 2024


 A República do Reggae – o maior festival do gênero da América Latina, está de volta. Desde a sua primeira edição em 2003, o festival segue sendo referência para os amantes do ritmo e arrastando caravanas de várias cidades do Brasil.

Em 2024 o evento acontecerá dia 30 de Novembro no Wet.

Depois de trazer nomes como Duane Stephenson, Groundation, The Itals, Dezarie, Edson Gomes, Gregory Isaacs, Lucky Dube, Alpha Blondy, Israel Vibration, Bunny Wailer, Groundation, SOJA, U-Roy, Culture, Koko Dembele, The Congos, Siddy Ranks, Natiruts, Ponto de Equilíbrio, Mato Seco, Tribo de Jah e muitos outros, a República do Reggae chega a mais um ano prometendo grandes emoções e ja traz em sua grade ALPHA BLONDY, STEEL PULSE, EDSON GOMES, MATO SECO, TRIBO DE JAH, EEK-A-MOUSE, LEÕES DE ISRAEL, ETANA e CLINTON FEARON como atrações confirmadas.

O Festival República do Reggae é aquele evento que, desde 2003, movimenta a cena regueira na Bahia e no Brasil inteiro. O primeiro rolê foi lá na Praia de Ipitanga, e hoje, com 14 edições no currículo, o festival já virou o maior de reggae em toda a América Latina! 

Aqui, a vibe é sempre trazer os artistas que a galera ama. O palco já foi pisado por lendas internacionais como Gregory Isaacs, Lucky Dube, Alpha Blondy, Israel Vibration, Bunny Wailer, Groundation, SOJA e muitos outros monstros do reggae mundial. E claro, não faltaram também os gigantes nacionais como Natiruts, Ponto de Equilíbrio, Mato Seco, Edson Gomes e Tribo de Jah.

Mas a República do Reggae não é só sobre os grandes nomes. O festival também abre espaço para os novos talentos e para quem continua firme na resistência, mesmo sem todo o apoio da mídia. Afinal, aqui o reggae é muito mais que música — é cultura, é movimento, é resistência!

VENDAS: Vendas: Balcões Pida! Shoppings Salvador, Bahia, Piedade e Norte Shopping, em Feira de Santana no balcão da central mix no Centro Comercial Maria Luiza ou >>>>>>>>>>>>>>>>>

https://vendas.boratickets.com.br/evento/303/republica-do-reggae-2024

SERVIÇO
O que: República do Reggae
Quando: 30 de novembro
Onde: Wet
Atrações Confirmadas: Alpha Blondy | Steel Pulse  | Edson Gomes | Clinton Fearon  | Mato Seco | Tribo de Jah | Eek-a-Mouse | Tribo de Jah |  Leões de Israel |  Etana.


                                     Informações: @pida e @republicadoreggaeoficial

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Membros do Natiruts comentam o fim da banda: "Momento de celebração"

 


 

 Referência no reggae nacional, grupo fará turnê de despedida pelo Brasil a partir de junho

 Após 28 anos de carreira, o Natiruts chegará ao fim. O grupo brasiliense fará uma turnê de encerramento intitulada Leve com Você, que chegará a Porto Alegre em 3 de agosto. Em entrevista ao Fantástico, os músicos Alexandre e Luís Mauricio falaram sobre a decisão de encerrar esse ciclo.

— Diferentemente da maioria dos casamentos, não teve uma desavença ou uma briga para se separar não. Foi uma decisão pensada, foi uma decisão que maturou bastante dentro das nossas cabeças. Tudo em nome da arte — afirmou Alexandre.

A banda anunciou o encerramento em fevereiro de 2024 e provocou comoção nos fãs de todo o país. Para Luís Mauricio, a reação do público foi uma comprovação de que o grupo cumpriu o seu propósito durante a carreira.

— É até contraditório assim, né? Porque a gente viu a comoção do nosso público e a gente fica muito feliz de ver o tanto que a banda é querida. — refletiu o músico. — Mas para a gente, é um momento de celebração. Conseguimos entregar o nosso melhor e fomos muito além do que a gente se propôs no começo. Então, acho que assim, é realmente uma missão cumprida e cumprida com excelência.

Novos desafios

Questionados sobre os planos para depois da turnê, cada um afirmou que pretende seguir um caminho. Alexandre deseja seguir na música, mas em um estilo diferente.

— Tenho o sonho de tocar guitarra de jazz — revelou o artista. — Vou me dedicar um pouco a me aprofundar mais no instrumento, seguir fazendo música por aí, mas agora não só reggae. 

Já Luís planeja se dedicar mais a causa política da cannabis medicinal. Ele afirmou que, após entender a necessidade de pacientes que precisam desse medicamento, passou a se dedicar a esse movimento.

— Tem alguns anos que eu estou superengajado na causa da cannabis medicinal. Se tornou um novo propósito na minha vida — enfatizou. — Essa é a bandeira que eu estou levantando e será minha causa até o fim dos meus dias.

Sobre o Natiruts

Donos de hits como Presente de Um Beija Flor, Quero Ser Feliz Também, Andei Só, o Natiruts se formou em 1996, enquanto os membros frequentavam a Universidade de Brasília (UNB). A banda passou a tocar em diversos festivais e chegou a colaborar com Ziggy Marley na canção América Vibra.

 

Lembrando que em setembro o grupo irá passar também por Salvador, A capital Baiana prepara uma grande celebração para esse show de despedida que será na Arena Fonte Nova

Então prepara o coração para fortes emoções.

O tradicional Bate Volta de Feira de Santana também estará confirmadíssimo para esse grande encontro. Mais informações (75) 981401835

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Vem ai a Republica do Reggae 2024

 A República do Reggae – o maior festival do gênero da América Latina, está de volta. Desde a sua primeira edição em 2003, o festival segue sendo referência para os amantes do ritmo e arrastando caravanas de várias cidades do Brasil.

Em 2024 o evento acontecerá dia 30 de Novembro no Wet.

Depois de trazer nomes como Duane Stephenson, Groundation, The Itals, Dezarie, Edson Gomes, Gregory Isaacs, Lucky Dube, Alpha Blondy, Israel Vibration, Bunny Wailer, Groundation, SOJA, U-Roy, Culture, Koko Dembele, The Congos, Siddy Ranks, Natiruts, Ponto de Equilíbrio, Mato Seco, Tribo de Jah e muitos outros, a República do Reggae chega a mais um ano prometendo grandes emoções e ja traz em sua grade ALPHA BLONDY, STEEL PULSE, EDSON GOMES, MATO SECO, TRIBO DE JAH e CLINTON FEARON como atrações confirmadas.

 

 

 
 
VENDAS: Vendas: Balcões Pida! Shoppings Salvador, Bahia, Piedade e Norte Shopping ou
https://vendas.boratickets.com.br/evento/303/republica-do-reggae-2024

ACESSE O SITEhttps://republicadoreggae.com.br/

 

Armandinho – Reggae na Concha DIA 02 DE NOVEMBRO

 Armandinho se apresenta na Concha Acústica em Novembro

Os amantes do REGGAE já têm dia e hora para o que promete ser uma noite regada ao som do mais autêntico reggae nacional. Dia 02 de novembro (sábado), às 19h, o palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves será tomado pelo talento do cantor e compositor Armandinho. Reconhecido por seu estilo descontraído e letras que frequentemente celebram o amor, a natureza e a positividade. Chamado de poeta por seus fãs, sua música reflete suas influências, trazendo uma mistura de pop com reggae, rock, surf rock e pitadas de romantismo. 

SERVIÇO

Armandinho – Reggae na Concha

QUANDO? 2 de Novembro

ONDE? Concha Acústica