A banda Natiruts anunciou novos shows, que vão compor o calendário da última turnê do grupo pelo país. As novas apresentações acontecerão em Curitiba, Recife, São Paulo e Brasília, a partir de abril de 2025 e a venda geral de ingressos aconteceu nesta quinta-feira (21), a partir das 16h20.
A turnê “Leve Com Você”, que começou em junho e já passou por diversas cidades brasileiras, tem emocionado o público com shows repletos de canções marcantes, visuais deslumbrantes e muita entrega da banda liderada por Alexandre Carlo e Luís Maurício.
Apresentações em Curitiba, Recife, São Paulo e Brasília foram adicionadas na agenda da banda em 2025
Além da venda geral, os clientes que já garantiram seus ingressos para os shows da turnê, também receberão um código único para adquirir as novas apresentações. Nesta modalidade, os ingressos serão vendidos até e em seguida, serão abertas as vendas para o público em geral. Para comprar, basta acessar o site da Eventim. EVETIM
Confira as novas datas da última turnê do Natiruts
26 de abril: Pedreira Paulo Leminski, Curitiba 23 de maio: Classic Hall, Recife 18 e 19 de julho: Allianz Parque, São Paulo 2 de agosto: Arena BRB Mané Garrincha, Brasília
Em sua turnê de despedida, a banda Natiruts quis fazer com que os shows fossem sustentáveis. Por isso, lançaram a turnê visando neutralizar 100% das emissões diretas de carbono ligadas aos shows.
Formada em Brasília, a banda tem mais de 30 anos de carreira e 11 álbuns ao todo. Alguns de seus maiores sucessos são: “Quero Ser Feliz Também”, “Sorri, Sou Rei”, “Andei Só”, “Me Namora” e “Natiruts Reggae Power”.
Quem sabe Salvador não entre nessa rota novamente para uma ultima apresentação já que a recepção aqui foi muito boa
Tá se aproximando a Republica do Reggae 2024, o maior Festival de Reggae da América Latina, próximo dia 30/11. Acontece mais uma edição que promete muitas vibrações positivas ao publico no wet em Salvador BA, irão se apresentar muitos nomes consagrados tais como; Os internacionais, ALPHA BLONDY, CLINTON FEARON, STEEL PULSE, ETANA E E-EKA MOUSE e os nacionais; MATO SECO, EDSON GOMES, TRIBO DE JAH E LEÕES DE ISRAEL, serão fortes emoções, então prepara o capacete porque as pedras vão rolar.
Só para se ter uma ideia o evento do Republica do Reggae chega a sua 21º edição, e sempre trouxe as principais atrações do reggae mundial para sua grade de artistas que se apresentam no festival ao longos desses 21 anos. Nomes como, LUCKY DUBE, GREGORY ISAACS, BUNNY WAILER, SOJA, BURNING SPEAR, MORGAN HERITAGE, THE CONGOS, KOKO DEMBELE, THE MIGHTY DIAMONDS, THE GLADIATORS, ANDREW TOSH, DEZARIE, GROUNDATION, MIDNITE, NKULEE DUBE, U ROY, DUANE STEPHENSON, SIDDY RANKS, THE ITALS, ISRAEL VIBRATION e REEMAH.
Tivemos o prazer em ver todas essas atrações além das nacionais que se apresentam e dão um show a parte. EDY VOX, KAYAMANAYA, TIM TIM GOMES, PLANTA E RAIZ, PONTO DE EQUILÍBRIO, ADÃO NEGRO, ISAQUE GOMES, SINE CALMON E MORRÃO FUMEGANTE, NENGO VIEIRA, OLODUM, NATIRUTS e muitas outras que tivemos o prazer de prestigia-lo.
Sempre inovando também acontece a Feira Hippie, dentro do seu espaço, com varias lojinhas e vendedores locais colaborando com a cena, e isso é muito bom que sempre prestigia o evento, não podemos esquecer da TENDA DUB, onde os clássicos rolam sem parar e nos intervalos é garantia de boas vibrações. Com participações de muitos DJS da cena local e convidados também.
Então marque nada e venha curtir a Republica do Reggae 2024.
Vocês podem está comprando seu ingresso de forma virtual pelo site>>> BORA TICKTES, LINK AI PARA VCS. >> INGRESSOS REPUBLICA DO REGGAE
E também podem ser adquiridos nos balcões credenciados com 10x sem juros no cartão, vendidos nos balcões do Pida do Salvador Shopping, Shopping Paralela, Salvador Norte Shopping e Shopping Piedade, na loja do Bora Tickets, no 2º piso do Shopping da Bahia e tambem em FEIRA DE SANTANA,no balcão da Central Mix, no Centro Comercial Maria Luiza no Centro da Cidade.
SERVIÇO O que: República do Reggae Quando: 30 de novembro Onde: Wet
Atrações Confirmadas: Alpha Blondy | Steel Pulse | Edson Gomes | Clinton Fearon | Mato Seco | Tribo de Jah | Eek-a-Mouse | Tribo de Jah | Leões de Israel | Etana.
A cena musical brasileira está prestes a receber uma nova e vibrante adição com a artista GELMIX, uma talentosa cantora e compositora que vem se destacando no gênero reggae. Nascida em uma família de músicos apaixonados, GELMIX foi influenciada desde a infância por um ambiente repleto de ritmos e melodias que moldaram sua paixão pela música. Com um estilo autêntico e cativante, a artista tem conquistado um público fiel, que se encanta com suas letras introspectivas e melodias hipnotizantes.
GELMIX se destaca por sua proposta musical, que combina o reggae tradicional com toques contemporâneos, criando uma sonoridade única que ressoa com diversos públicos. Suas canções abordam temas universais como amor, resistência e a busca por liberdade, refletindo não apenas suas experiências pessoais, mas também questões sociais relevantes que ecoam na sociedade atual. A capacidade de transmitir emoções profundas através de sua música permite que a artista estabeleça uma conexão genuína e poderosa com seu público.
Após meses de intenso trabalho em estúdio, GELMIX está prestes a lançar seu tão aguardado primeiro EP, intitulado "Adora". Este projeto promissor será composto por cinco faixas cuidadosamente elaboradas, que prometem levar os ouvintes a uma jornada musical repleta de grooves envolventes e mensagens positivas. A faixa-título, "Adora", já está gerando uma expectativa crescente entre os fãs e será lançada como o primeiro single do EP, destacando a sonoridade distinta que caracteriza o trabalho da artista.
Determined a criar um som que não apenas homenageie suas raízes no reggae, mas que também dialogue com uma nova geração de ouvintes, GELMIX acredita firmemente que a música possui o poder de unir as pessoas e inspirar mudanças significativas. Suas composições refletem essa visão, abordando assuntos que tocam o coração e a mente de quem as escuta.
Para celebrar o tão esperado lançamento de "Adora", GELMIX está organizando um evento especial que contará com performances ao vivo, proporcionando aos fãs a oportunidade de vivenciar a energia contagiante e autêntica de suas apresentações. Embora os detalhes sobre a data e o local do evento ainda estejam em fase de planejamento, a expectativa entre os admiradores da artista está nas alturas.
Com "Adora", GELMIX não busca apenas conquistar novos fãs, mas também se estabelecer como uma voz poderosa e autêntica no cenário do reggae brasileiro. Aguardamos ansiosamente por essa nova fase da carreira da artista, certos de que ela nos surpreenderá com sua musicalidade e criatividade, trazendo novas perspectivas e emoções ao mundo da música!
Grupo esteve em turnê no Brasil pelo terceiro ano seguido; baixista falou da relação com o país, futebol e futuro do reggae
Grande parte dos clássicos do reggae são lembrados até hoje na voz do icônico Bob Marley (1946 - 1981) e performados por sua banda, The Wailers. Em 2024, o álbum Legend, coletânea do gênero musical mais vendida da história, completa 40 anos de lançamento.
Para celebrar e perpetuar essa cultura, a banda finalizou a turnê mundial em um show de mais de três horas no Espaço Unimed, em São Paulo, no último dia 20 de outubro. Atualmente, o conjunto é liderado pelo jamaicano Aston Barrett Jr. — filho de Aston “FamilyMan” Barrett (1946 - 2024), lendário baixista e ex-líder da banda ao lado de Bob, e sobrinho do baterista Carlton Barrett (1950 - 1987) —, que celebrou o aniversário de 34 anos no palco, em sua apresentação ao público paulista.
“O Brasil e o The Wailers sempre tiveram uma conexão forte. Bob Marley visitou o Brasil em 1980 para sentir o clima e vivenciar a cultura. Meu pai, Aston “FamilyMan” Barrett, e eu fizemos nossa primeira turnê brasileira com membros que tocaram com Bob entre 2015 e 2016. Foi, aí, que a jornada começou”, ressalta Aston.
Em entrevista exclusiva, o baixista Aston fala do futuro e a oportunidade de reviver seu pai no filme One Love, lançado neste ano. Além disso, ele exalta o desafio de manter a relevância mundial do The Wailers e comenta a ligação com um dos ídolos do MPB, o baiano Gilberto Gil, e a paixão pelo futebol. “Sei o quanto o Brasil é apaixonado por esse esporte e é sempre incrível ver o quanto une as pessoas, assim como a música”, declara.
Confira na íntegra o bate-papo:
Você é filho de Aston “FamilyMan” Barrett, baixista e líder do The Wailers ao lado de Bob Marley, e sobrinho do baterista Carlton Barrett. Como foi crescer nesse ambiente musical e ter a oportunidade de levar adiante o legado do The Wailers, agora como líder?
Aston Barret Jr. - Sinto uma honra e um privilégio enorme em poder levar adiante o legado do meu pai. Para mim, é importante que o nome do The Wailers permaneça fiel às suas raízes, protegendo-o contra deturpações ou usos indevidos. Enquanto alguns tiveram conexões com a jornada do meu pai e de Bob Marley, e outros talvez não, eu continuo comprometido em manter a integridade do The Wailers e espalhar sua mensagem atemporal pelo mundo.
Pelo terceiro ano consecutivo, o The Wailers está em turnê pelo Brasil. Qual é a relação da banda com o país?
Aston Barret Jr. - O Brasil e o The Wailers sempre tiveram uma conexão forte. Bob Marley visitou o Brasil em 1980 para sentir o clima e vivenciar a cultura. Meu pai e eu fizemos nossa primeira turnê brasileira com membros que tocaram com Bob entre 2015 e 2016. Foi, aí, que a jornada começou – quando meu pai me disse que era a hora de eu liderar a banda. O Brasil foi o primeiro lugar onde comecei meu treinamento.
Parceria entre Gilberto Gil e os The Wailers ultrapassava o cenário musical
Gilberto Gil foi uma das figuras brasileiras mais importantes na promoção do reggae no país, era amigo de seu pai e até colaborou com o The Wailers na canção Vamos Fugir, que se tornou um sucesso nacional. Além de Gil, quais são suas influências musicais e o que você conhece da MPB?
Aston Barret Jr. - Quando eu tinha uns 7 ou 8 anos, meu pai e Gilberto vinham me buscar na escola, e a música que eu ouvia me inspirava profundamente. No Brasil, há um grande respeito pelo reggae. Outro momento significativo para mim no Brasil foi ver o videoclipe do Michael Jackson para a música They Don’t Care About Us [gravado no Rio (RJ) e em Salvador (BA) em 1995, com participação do grupo baiano Olodum]. A música e a percussão me impactaram muito.
Como retratado no filme One Love, Bob Marley e toda a banda tinham uma conexão especial com o futebol. Essa relação especial permanece na banda? Vocês torcem para algum time? Conhecem algum time brasileiro?
Aston Barret Jr. - Sim, alguns de nós ainda jogam e outros assistem a futebol quando possível. Meu pai era um grande fã do esporte, já que faz parte da cultura jamaicana. Quando estamos em turnê, às vezes conseguimos jogar nos momentos de folga. Quanto aos times brasileiros, embora eu não acompanhe de perto, sei o quanto o país é apaixonado pelo futebol, e é sempre incrível ver o quanto o esporte une as pessoas, assim como a música faz.
Ainda falando de One Love, como foi para você interpretar o próprio pai e reviver a história da banda e sua influência, não só na Jamaica, mas em todo o mundo?
Aston Barret Jr. - Foi uma benção interpretar meu pai, um privilégio, porque ele é meu herói, ao lado de minha mãe. Fiquei muito feliz em mostrar ao mundo quem meu pai era – bem-vestido, bem-articulado e imensamente importante para o nome e a missão do The Wailers.
Como você vê o poder e a influência do reggae hoje em dia? A rapidez dos tempos modernos e a música das gerações mais jovens impactaram a difusão da sua mensagem?
Aston Barret Jr. - O reggae é a voz do povo, uma música que, realmente, não cabe em nenhuma categoria específica. É atemporal – não é sobre ser velho ou novo. O reggae está sempre lá para aqueles que precisam se sentir ouvidos, que estão passando por momentos difíceis ou se sentindo perdidos. É um tipo especial de música que ajuda as pessoas a encontrar paz, e quando elas sentem isso, não sentem dor.
Qual mensagem você espera transmitir com o novo álbum, Evolution?
Aston Barret Jr. - Evolution representa um novo movimento para o The Wailers. Desta vez, estamos trazendo o som autêntico do reggae para a era moderna, com uma mensagem que pode iluminar as pessoas.
Durante a turnê no Brasil, você se apresentou com vários artistas brasileiros, como Armandinho, Maneva e Mato Seco, além do britânico Pato Banton. Como você entende a interseção internacional da cultura reggae?
Aston Barret Jr. - Como Bob Marley disse, essa música vai crescer cada vez mais até alcançar o público certo e, mesmo depois disso, continuará crescendo. O reggae não tem fim, especialmente quando é tocado com a intenção e a energia corretas.
Além de apresentar músicas novas de Evolution, essa turnê celebra o 40º aniversário de Legend, de Bob Marley e The Wailers, o álbum de reggae mais vendido da história. Qual a sua visão sobre o poder cultural e musical desse álbum, que transcende gerações?
Aston Barret Jr. - Esse álbum representa paz, amor e união. O hino definitivo do reggae é a música One Love – não importa o que aconteça, tudo volta para One Love.
Como é se apresentar com o holandês Mitchell Brunings, que foi escolhido pela família Marley para ser vocalista da banda? Além da semelhança vocal, há outras formas em que ele se encaixou com o The Wailers?
Aston Barret Jr. - É incrível me apresentar com Mitchell. Ele tem uma voz poderosa e sabe como envolver o público. É um ótimo cantor e, embora eu o tenha escolhido para cantar com o The Wailers, ele foi, na verdade, escolhido pela família Marley em 2015 para seu papel no musical One Love. Além da semelhança vocal, sua energia e respeito pela música o ajudaram a se integrar imediatamente à banda.
Ao longo dos anos, o The Wailers teve muitos cantores que vieram e se foram, cada um desempenhando seu papel na continuidade do legado. Agora, Mitchell está fazendo sua parte, e sua energia e talento são uma grande adição à banda. Ele se encaixa perfeitamente, não apenas pela voz poderosa, mas também pelo respeito que tem pela música e pelo que ela representa.
Banda encerrou a turnê mundial com dez shows no Brasil em outubro
No dia 28 de
fevereiro de 2024, a banda Dukes of Roots lançou seu tão aguardado álbum
de estreia, que promete deixar uma marca indelével na cena musical
contemporânea. Com uma fusão envolvente de reggae, dub e influências de
diversos gêneros, o álbum não apenas apresenta a identidade única da
banda, mas também destaca a colaboração com artistas renomados que
enriquecem ainda mais a experiência auditiva.
O álbum, que já
está chamando a atenção de críticos e fãs, conta com participações de
grandes nomes da música. Entre eles, Stephen Marley, filho do lendário
Bob Marley, traz sua assinatura inconfundível à produção, enquanto
Tarrus Riley, conhecido por sua habilidade vocal e letras profundas,
adiciona uma camada emocional que ressoa com os ouvintes. Kabaka
Pyramid, um dos ícones contemporâneos do reggae, também se junta ao
projeto, contribuindo com sua perspectiva única e estilo distinto que
caracteriza sua carreira.
Além dessas colaborações, o álbum
também apresenta Andrew Tosh, filho do famoso Peter Tosh, que traz
consigo um legado poderoso e uma conexão direta com as raízes do reggae.
A presença da banda brasileira Natiruts adiciona uma pitada especial de
diversidade, unindo culturas e sonoridades em uma celebração da música
que transcende fronteiras.
As
faixas do álbum exploram temas como amor, resistência, espiritualidade e
unidade, refletindo a essência do reggae e a mensagem que a Dukes of
Roots deseja transmitir. Cada música é uma jornada, levando os ouvintes a
um espaço onde a vibração positiva e a reflexão se encontram. A
produção é cuidadosamente elaborada, combinando instrumentação ao vivo
com elementos digitais, criando um som moderno que ainda respeita as
tradições do reggae.
Com letras que falam diretamente ao coração e
melodias que convidam à dança, o álbum de estreia da Dukes of Roots é
mais do que uma coleção de músicas; é uma declaração de intenções. A
banda busca não apenas entreter, mas também inspirar mudanças e promover
uma mensagem de amor e solidariedade em tempos desafiadores.
À
medida que o álbum ganha destaque nas plataformas digitais e nas rádios,
a Dukes of Roots se prepara para uma série de apresentações ao vivo que
prometem levar sua música para os palcos de todo o mundo. Com uma
energia contagiante e uma conexão genuína com o público, a banda está
pronta para conquistar corações e deixar sua marca na história da
música.
Em
resumo, o álbum de estreia da Dukes of Roots é um testemunho do poder
da colaboração e da riqueza cultural que a música pode oferecer. Com a
participação de artistas lendários e uma proposta musical vibrante, este
lançamento é um verdadeiro presente para os amantes do reggae e da
música de qualidade. Não perca a oportunidade de se conectar com essa
nova proposta sonora que promete transformar a cena musical
contemporânea.
Artista regrava hit ‘No Woman, No Cry’. Gil, aliás, converteu canção para o português nos anos 70. Ouça nova versão aqui
Antídoto contra desumanidade, Gilberto Gil espalha possibilidades existenciais. Não chores mais. Aos 82 anos, homem da paz e do amor, Gil retorna ao reggae com nova versão para hit “No Woman, No Cry”, eternizado por Bob Marley no disco “Natty Dread”, de 74. Dessa vez, divide microfone com músico Stephen Marley, filho do rastaman das boas vibrações.
“No Woman, No Cry” entra no streaming como parte do projeto “Songs for Humanity”, previsto para ser lançado no próximo dia 12. O álbum, editado pela fundação Playing For Change, reúne 30 artistas de diferentes nacionalidades, como Slash, Manu Chao, Santana e John Paul Jones. A ideia, diz o produtor Mark Johnson, é espalhar mensagens de amor.
Segundo Mark, Bob reúne mundo afora fãs ao redor da fogueira, em tentativa de se refletir sobre a canção “No Woman, No Cry” e construir futuro em que tudo, tudo vai dar pé. Gil a gravou pela primeira vez no elepê “Realce”, de 79. Sua parte, nessa nova versão, foi registrada no Rio, onde tem casa, mas o produtor conta que começou projeto há anos.
A nova releitura para a canção nasceu em ruas italianas a partir de violão slide. Uma constelação de músicos está no projeto, o que enfatiza vocação internacionalista dessa releitura, e se vê ali instrumentistas sorridentes balançando seus corpos plurais e sendo guiados por suingue orgânico, como se tocassem a música de suas vidas.
Para Gil, trata-se de comovente homenagem ao legado construído por Marley, de quem o brasileiro se diz fã desde que o ouviu nos anos 70. Ao jornalista estadunidense Andy Greene, da “Rolling Stone”, o tropicalista diz que sua própria versão da música encontrou lar no Brasil. “Reforçou seu poder como força de união e esperança entre pessoas”, afirma.
Foi nos tempos de exílio londrino que o cantor baiano ouviu música jamaicana pela primeira vez. Caminhava pela Porto Bello Road escutando reggae, como em “Nine Out of Ten”, canção gravada por Caetano Veloso no álbum “Transa”, de 72. Gil assistiu a manifestações da cultura caribenha, da Jamaica e da América Central durante esses tempos ingleses.
De volta ao Brasil, reencontrou o reggae em São Luís (MA), reconhecida capital brasileira do estilo pela Lei 14.668. Em barraca praieira, identificou batida acentuada no segundo e quarto tempos: Jimmy Cliff vocalizando “No Woman, No Cry”. Era mais lento que ska, irmão próximo, e mais rápido que rock steady, ritmo caribenho com quem esse som convivia bem.
No Woman, No Cry’ retratava o convívio diário de rastafaris no ‘government yard’ (área governamental) em Trenchtown, e a perseguição policial, provavelmente ligada à questão da droga (maconha)"
Lenda do reggae, Cliff fez nos anos 70 sua versão para o estrondoso hit da banda The Wailers, surgida na Jamaica em 1962 para misturar ska com soul. Logo depois, o tempo se desacelera — tal característica é atribuída à maconha. Ali, como que pulsando a vida e estimulando corpo a se mexer, três instrumentos constituem a base: guitarra, baixo e bateria.
Seja como for, Gil viu semelhança entre contextos jamaicano e brasileiro. O reggae, expressão de grupos que se situam à margem de Kingston, traz sonoridade comum aos povos condicionados à faixa tropical do planeta. A partir da miscigenação entre populações africanas e ameríndias, o estilo chega à forma com que se tornou mundialmente conhecido.
Maconha
A discografia gilbertineana recebe influência do reggae a partir de “Refavela”, cuja faixa “Sandra”, de 77, foi composta após o artista ser preso com quantidade irrisória de maconha, em Florianópolis, em 7 de julho de 76. Em juízo, Gil explicou que erva lhe aguçava sensibilidade, o que não impediu sua transferência para Instituto Psiquiátrico de São José.
Como canta na faixa do suplício, naquela semana tomar chafé foi um vício e, em “Realce”, de 79, o reggae se revela presente no hit-democracia “Não Chores Mais”. A canção oferece alento contra o apodrecido regime fardado, às vias de cair morto — ou quase morto.
“Emblemática do desejo de autonomia e originalidade das comunidades alternativas, ‘No Woman, No Cry’ retratava o convívio diário de rastafaris no ‘government yard’ (área governamental) em Trenchtown, e a perseguição policial, provavelmente ligada à questão da droga (maconha), que eles sofriam”, contextualiza Gil, em texto pinçado de seu site oficial.
Nos anos 80, Gil estreitou parceria com o produtor Liminha. O primeiro elepê feito pela dupla, “Luar”, de 81, não tem nenhum reggae. Já “Um Banda Um”, lançado em 82, apresenta duas composições no estilo: “Esotérico” e “Drão”. “Extra”, faixa que nomeia disco de 83, é pesada canção no ritmo jamaicano, coisa que se repete em “Raça Humana”, de 84.
Em texto para encarte de “Kaya n'Gan Daya”, Gil conta que desde o princípio encontrou similitude entre cangaceiro e rastaman. “Para um artista, músico como eu, o fato obviamente recairia sobre a música que se liga e se refere a ambos, o cangaceiro e rastaman, e os associa direta ou indiretamente, a dois dos maiores artistas da música popular do século que passou”, escreve, em obra na qual revisita obra de Bob Marley, lançada em 2002.
Stephen Marley, o filho de Bob, falou da honra que foi participar do projeto “Songs for Humanity” com Gilberto Gil. “Meu pai e Gilberto foram amigos. O legado continua”, disse à “Rolling Stone”. Como canta Gil em sua versão para “No Woman, no Cry”: “Bem que eu me lembro, a gente sentado ali/Na grama do aterro sob o sol/ Ob... observando hipócritas”.
Além de Adão Negro, o October Reggae Festival terá mais 44 apresentações em Salvador
Amantes do reggae podem se preparara para aproveitar três dias de shows com a essência do gênero na primeira edição do October Reggae Festival, em Salvador. O evento acontece entre os dias 18 e 20 de outubro e vai reunir 45 atrações no Pelourinho, com a presença já confirmada da banda Adão Negro.
Banda Adão Negro é confirmada em festival de reggae em Salvador. Foto: Divulgação/Vinicius Moreira
Conhecida como a cidade do reggae, o festival prepara uma imersão no ritmo com bandas e artistas independentes de diversas regiões do Brasil como Banda Reação, de Sergipe, Maico Dias, do Rio de Janeiro, Banda Nação Palmares de Alagoas, Banda Akanni, do Espírito Santo e Roots Session Band de São Paulo.